Larry Fink, CEO da Black Rock, se diz arrependido de ter colocado o ESG como critério de investimento.

O CEO da Black Rock, Larry Fink, diz que a agenda ESG se tornou um debate político entre a extrema esquerda e a extrema direita e que foi mal utilizado por ambas as vertentes políticas.

E não é sem motivos esse arrependimento, porque dentre as perdas que a Black Rock teve com essa agenda, consta os USD2,2 bi em ativos que o governador da Florida, Ron DeSantis retirou da empresa de Fink em 2022, Fink teria dito a interlocutores.

Fink disse, durante o evento “Aspen Ideas Festival” em Setembro de 2023, o seguinte: “Quando escrevo essas cartas [de investimento], nunca tenho a intenção de ser uma declaração política. … Elas foram escritas para identificar questões de longo prazo para nossos investidores de longo prazo”.

De acordo com um interlocutor, Fink disse que estava envergonhado de fazer parte dessa discussão. No dia seguinte, após ter sido pressionado por suas declarações, Fink se corrigiu fazendo a seguinte declaração: “”Não tenho vergonha. Acredito sim no capitalismo consciente.”

“Não vou usar a palavra ESG porque foi mal utilizada pela extrema esquerda e pela extrema direita”, continuou ele. “Falamos muito sobre descarbonização, falamos muito sobre governança … ou questões sociais, se é algo que precisamos abordar”.

O fato é que a questão do ESG está incomodando pequenos e grandes financistas e investidores na maior nação capitalista do mundo. E como diz o dito popular: “O dinheiro não leva desaforo para casa”. E agora vai ser um cabo de guerra entre o mercado e os “Patronos da agenda ESG”. O mercado diz não e os “Patronos” insistem no sim. Eu aposto no mercado. Vamos ver.

Já no lado político tem havido constantes movimentações do partido republicano. O Senador Joe Manchin lidera esforço para bloquear a agenda ESG. Ele encabeça um grupo de 38 senadores que expressou preocupações sobre os esforços do governo dos EUA para impor regras ambientais, sociais e de governança (ESG) ao setor de seguros regulado pelos estados. Eles argumentaram que isso aumentaria os custos para as seguradoras e os prêmios para os americanos. Quer dizer acabaria gerando inflação, e impactando negativamente a economia, como toda interferência estatal no eco-sistema econômico.

Os senadores enfatizaram que as seguradoras já consideram os riscos relacionados ao clima, mas o governo está ignorando essas medidas e promovendo políticas adicionais através de um escritório federal. Eles alertaram que isso levaria a custos mais altos para as seguradoras e para as pessoas, enquanto o país enfrenta problemas econômicos.

O presidente do Comitê de Serviços Financeiros, Patrick McHenry, declarou recentemente o seguinte: “Os progressistas estão tentando fazer com as empresas americanas o que já fizeram com nosso sistema de educação pública – usando nossas instituições para impor sua ideologia de extrema esquerda ao povo americano”.

 E McHenry completou: “Sua ferramenta mais recente nesses esforços são propostas ambientais, sociais e de governança. É por isso que estou criando um grupo de trabalho ESG republicano liderado pelo presidente do Subcomitê de Supervisão e Investigações, Bill Huizenga.”

É bem possível que a ESG não prospere nos EUA e em outros mercados evoluídos. Os globalistas são fortes, mas a força de mercado, unida, é avassaladora! 

Enquanto isso as agências de fact checking se desdobram para desmentir o ocorrido.

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